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A sociedade nem sempre é virtuosa

  • Foto do escritor: Damaris Schabuder
    Damaris Schabuder
  • 24 de abr. de 2019
  • 2 min de leitura

A sociedade, por não ter uma ordem moral sólida, enfrenta as consequências em vários níveis. Por ser muitas vezes dura, restritiva e até compartilhar valores longe de serem éticos ela sangra por ser quem ela é.

Esse desequilíbrio entre direitos e responsabilidades já acontece há muito tempo, a deterioração da moralidade e dos valores compartilhados, tanto privados quanto públicos, do declínio da família, do aumento da criminalidade e da apatia cívica e política com as questões da sociedade deixam todos longe da noção de cidadania, principalmente como sendo algo que precisa ser conquistado.

Esse senso de comunidade pode ser criado e desenvolvido em vários ambientes, mas existem alguns principais, um deles é o ambiente familiar. A família têm uma obrigação com a comunidade, quando não é cumprida as consequências são enfrentadas por ela mesma, mas também por toda a comunidade, que por sua vez deveria ajudá-los da melhor maneira possível. A comunidade deveria apoiar e encorajar, em vez de estigmatizar os pais que se esforçam na educação dos filhos como sendo também um ato comunitarista.

Nessa autodisciplina entre as ações individuais e o compromisso com a comunidade poderíamos reinvestir mais de nossos recursos pessoais e profissionais na comunidade. Usando como exemplo o desperdício de comida que afeta o indivíduo, sua família, até alcançar milhares de pessoas.

No Brasil, cada pessoa desperdiça 114g de alimento por dia, o que representa um desperdício anual de 41,6kg por pessoa. 1/3 de toda comida produzida para o consumo humano (1,3 bilhão de toneladas de comida) é desperdiçada todos os anos no mundo. Esses alimentos seriam suficientes para alimentar 2 bilhões de pessoas.

Uma família que desperdiça cerca de 1/3 não está só jogando alimento no lixo, mas também afetando prejudicialmente seu orçamento familiar.

Gastando cerca de 650,00 ao mês com alimentos, uma família "joga fora", mais de 180,00 ao mês ou 5% do seu orçamento mensal. Se a compra desses alimentos fossem feitas de forma planejada e os alimentos adquiridos valorizados e consumidos integralmente, esse valor perdido poderia ser um investimento da família, em 20 anos seria mais de 40000,00 investidos.

O impacto pode ter um saldo negativo ou positivo, refletindo uma sociedade obcecada pelo seu ego e abertamente individualista ou uma sociedade responsiva, onde seus padrões morais refletem as necessidades básicas de todos os membros.

Fonte: Amitai Etzioni, sociólogo

FAO/ONU

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